Na última sexta-feira (12/04), a Irlanda estendeu as restrições de combate ao coronavírus até o dia 5 de maio. Segundo o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, as restrições reduziram significativamente a propagação do surto, mas é preciso intensificar o trabalho para acabar com ele.
A Irlanda fechou bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais não essenciais, e Varadkar determinou, no final do mês passado, que só seria permitido circular em um raio de até 2 km quilômetros de casa, apenas para atividades indispensáveis.
O governo espera diminuir as restrições depois de 5 de maio e as medidas devem ser revertidas gradativamente.
“Nossa tarefa é difícil, mas tem feito a diferença e devemos continuar. Precisamos perseverar e manter nossa disciplina e determinação”, disse Varadkar em um discurso televisionado.
Tudo dependerá do que acontece ao longo das próximas duas ou três semanas e de como as pessoas responderão ao pedido de isolamento.
Os casos confirmados de COVID-19 na Irlanda subiram para 9.655 até esta segunda –feira (13/04), com 334 mortes. Entretanto, as autoridades de saúde afirmam que houve uma estabilização no número de internações nas unidades de terapia intensiva, o que é uma notícia animadora.
Observando os vizinhos
A paralisação das atividades já levou mais de 219.000 trabalhadores a solicitarem o auxílio emergencial do governo irlandês, o que significa que o país está oferecendo suporte a quase 30% de sua força de trabalho.
Antes do lockdown, que começou em 27 de março, a Irlanda já havia proibido todas as viagens não essenciais dentro do país e determinado o fechamento de vários estabelecimentos, que vão desde clubes, academias e cabeleireiros a pubs, escolas e universidades. Sair de casa dentro do limite de 2 km é permitido desde que as pessoas respeitem as medidas de distanciamento social.
Para Cillian De Gascun, presidente do Conselho de Especialistas em coronavírus, reiterou a opinião de muitas autoridades: a taxa de crescimento de novos casos precisa chegar a zero para que as restrições possam ser atenuadas.
Os testes e o rastreamento de contatos também devem ser ampliados antes que seja liberado o movimento gradual de pessoas. O chefe do Laboratório Nacional de Referência de Vírus espera que a capacidade de testes – que atualmente é limitada – aumente consideravelmente nos próximos 7 a 10 dias.
O primeiro-ministro reforçou também que a Irlanda observaria de perto como a Dinamarca, Áustria, República Tcheca e outros reagiriam à diminuição planejada das restrições:
“Ainda não é uma experiência que estamos dispostos a fazer, mas como tem sido comum no caso desse vírus, observar outros países que foram atingidos primeiro e com mais força pode nos dar alguma pista de como proceder”.
A Blue continua acompanhando todas as atualizações sobre o combate ao coronavírus na Irlanda, assim como na Inglaterra e Malta. Em caso de dúvida, não hesite em chamar o seu Consultor Blue aqui.